Deputados usam como medida de pressão a participação deles na aprovação do Fundo Especial da Dívida Ativa (Fedat)
Grupo se movimenta nos bastidores para reviver os dois projetos |
Mal a presidência da Câmara Legislativa anunciou o engavetamento de duas propostas polêmicas, criadas para tentar inviabilizar a abertura de processos de cassação de parlamentares, e um grupo de distritais se movimenta nos bastidores para tentar ressuscitá-la. Os defensores dessa retomada, aliás, estariam condicionando a participação deles na aprovação do Fundo Especial da Dívida Ativa (Fedat), matéria de interesse do Executivo que tramita na Casa, desde que os dois textos sejam desengavetados.
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Chico Leite (PT) sempre foi contrário às propostas |
Entre a tarde de terça-feira, quando se decidiu sobre a retirada dos projetos internos, e o fim da tarde de ontem, vários deputados foram procurados pelo grupo para tentar fazer a manobra. A maioria se colocou contrária a voltar à discussão até o fim do ano. Pelo menos dois foram veementes na rejeição, os petistas Wasny de Roure, presidente do Legislativo, e Chico Vigilante.
Ambos preferiram não identificar os interlocutores, mas confirmaram a articulação. “Existe o compromisso público assumido por mim de não votar. Eu fui procurado e não aceito conversar sobre isso. Se for condicionante para não votar o Fedat, então, não votaremos. Enquanto eu for vivo, esses PRs não voltam a ser debatidos. Só por cima do meu cadáver é que eles voltam à pauta”, garantiu Wasny. Como presidente, ele tem a prerrogativa de incluir ou não um assunto nas votações. “Não farei isso. Assumi a responsabilidade e o desgaste.” Ele assinou uma das propostas e votou “sim” em 1º turno, mas voltou atrás e retirou as propostas da pauta.
Fonte: Correio Braziliense
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